Curso de Formação Continuada de Professores para o AEE

Espaço para compartilhar informações relativas ao Atendimento Educacional Especializado - AEE

quarta-feira, 25 de junho de 2014

PARA REFLETIR!

                “O modelo dos modelos”, de Italo Calvino, nos impulsiona a repensar nas práticas pedagógicas que utilizamos enquanto professores do Atendimento Educacional Especializado, revendo o quanto é importante compreender o todo, analisar cada deficiência é parte do processo para conhecer o próprio aluno.
                 A inclusão requer uma aceitação, há muito tempo pessoas com deficiências vem procurando espaço na sociedade, e que muitas vezes lhes é negado, devido ao preconceito e a falta de adaptações adequadas as suas limitações.
                     O texto apresenta as mudanças a partir do modelo perfeito. A regra do senhor Palomar, chegou a “dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio”.
Revendo os modelos, nos encontramos cheios de diferenças entre o certo e o errado, o sim e o não,pessoas com qualidades, habilidades, competências e limitações.
                     O trabalho do AEE abre portas para o primeiro passo a aceitação e para o reconhecimento das transformações e das modificações no processo de inclusão, criando alternativas capazes de desenvolver autonomia para uma vida melhor, o modelo deve ser superado com inovações, garantindo uma independência específica de cada aluno. 
                    Portanto, não há modelos perfeitos, cabe a nós modificá-los e transformá-los de acordo com cada realidade, para que todos se sintam parte de um meio inclusivo e social.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Recursos e Estratégias em baixa tecnologia para apoiar o aluno com TGD em seu desenvolvimento

Recursos na Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

Recursos destinados as pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade e/ou escrever (BERSCH & SCHIRMER, 2005).

Os recursos devem ser selecionados de forma personalizada e levam em consideração várias características que atendam às necessidades deste usuário. Podendo ser utilizado em todo ambiente escolar e familiar, facilitando assim a compreensão e a aproximação dos mesmos na utilização posterior deste recurso. Devendo ser confeccionado pelo professor do Atendimento Educacional Especializado - AEE em parceria com o professor da escola comum, com a família e com outros profissionais, que atuam conjuntamente com o aluno.

O professor do AEE avaliará a atuação em CAA, verificando a evolução e sua intervenção junto ao aluno e no contexto escolar.

Exemplo de recursos de comunicação:
  • Cartões de comunicação
  • Pranchas de comunicação
  • Pastas de comunicação
  • Carteiras de comunicação e chaveiros de comunicação
  • Mesa com prancha
  • Colete de comunicação
  • Agenda de comunicação
  • Calendário e quadro de atividades
  • Entre outros.



 Cartões de Comunicação - Descrição de imagem:
A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente.





 Prancha de Comunicação - Descrição de imagem:
Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas.
  
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SARTORETTO, Maria Lúcia. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Diferença entre Surdocegueira e Deficiência Múltipla

A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta dificuldades da surdez e da cegueira, independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser: Congênita (a pessoa nasce com esta única deficiência) e Adquirida (a pessoa nasce ouvinte, vidente, surda ou cega e adquire, por inúmeros fatores).
Segundo McInnes (1999), subdivide as pessoas com surdocegueira em quatro categorias:
  • Indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos;
  • Indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos;
  • Indivíduos que se tornaram surdocegos;
  • Indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, não tiveram a oportunidade de aprender ou desenvolver linguagem.
Deficiência múltipla são consideradas as pessoas que apresentam mais de uma deficiência associada. “É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam , mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (MEC / SEESP 2002).
As características das pessoas com deficiência múltiplas são especificas, individuais e peculiares não apresentando necessariamente as mesmas deficiências.
As necessidades básicas dos alunos com surdocegueira e com deficiência múltipla que não tem problemas motores, precisam aprender a usar as duas mãos. Para desenvolver um sistema estruturado de comunicação e facilitar o uso de recursos que favoreçam a sua aprendizagem.
As aquisições da comunicação deve ser adquirida desde criança, para que se conheça as especificidades, capacidades e habilidade para que se possa estabelecer regras de sobrevivência diária e estas aprendam a se deslocar e explorar o seu mundo com autonomia, desenvolvendo a imagem e conceito corporal e a consciência sensorial. Precisa ter noção de espaço, de tempo, técnicas de autoproteção, interação com outros e com o mundo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSCO, Ismênia Carolina Mota Gomes. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: surdocegueira e deficiência múltipla. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará – UFC, 2010.

LILIA, Giacomini. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará – UFC, 2010.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez

A pessoa com surdez tem muitos obstáculos a enfrentar para participar da educação escolar, as práticas educacionais da escola desfavorecem o aluno com surdez devido à falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e politico - cultural que influenciam na sua aprendizagem. Vários autores e pesquisadores nos trouxeram textos que auxiliam na educação de alunos com surdez na escola comum, valorizando as diferenças na escola, na sociedade, e reconhecendo sua capacidade como ser humano.
Estas pessoas precisam ser vistas como seres com grande potencial, capazes de ensinar e aprender. A sociedade, a família e a escola precisam reconhecer que a pessoa com surdez é capaz de desenvolver suas potencialidades dentro e fora do ambiente de aprendizagem. Segundo Pierucci (PIERUCCI, 1999), eles precisam ser trabalhados no espaço escolar de acordo com sua deficiência, a qual tem diferenças e limitações que devem ser respeitadas. No entanto, não podemos justificar o fracasso nessa questão, em virtude de cairmos na cilada da diferença, conforme lembra Damázio e Ferreira (2009, p. 8), pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento e potencialidades das pessoas com surdez é fazer com que a instituição esteja preparada para compreender essa pessoa e suas singularidades, diferenças e contextos de vida.
Precisamos entender que mais do que uma língua, eles necessitam de um ambiente educacional estimulador que exercitem sua capacidade perceptivo-cognitiva.
A Nova Politica Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, acredita na dicotomização das pessoas com ou sem deficiência, valoriza e respeita o ser humano em suas especificidades, sempre os igualando na convivência, na experiencia e nas interações. Assim, superar o paradigma da dicotomização entre oralistas e gestualistas, bem como na leitura e na escrita, colocando o bilinguismo como forma de liberdade, sob a ótica multicultural, abrindo caminhos para outros contornos: a Libras e a Língua Portuguesa em suas variantes de uso padrão, além de seus aspectos formais e pragmáticos.
Com a abordagem bilíngue aplica-se a obrigatoriedade dos dispositivos legais do Decreto 5.626 de 5 de dezembro de 2005, que “determina o direito de uma educação que garanta a formação da pessoa com surdez, em que a língua Brasileira de Sinais e a língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo”. Damázio, Ferreira (2009, p. 09).
O Decreto 6.571 de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado, que envolve três momentos didáticos pedagógicos: Atendimento Educacional Especializado de Libras, Atendimento Educacional Especializado em Libras e de Atendimento Educacional Especializado de Língua Portuguesa, ofertando ao aluno com surdez o acesso ao currículo e que promove a sua inclusão.
Defender a reinvenção das práticas pedagógicas na perspectiva da educação para pessoas com surdez é validar uma sociedade com integração, onde todos possam ter oportunidades para uma vida em comunidade, ou seja, atuando e interagindo com o mundo. È preciso criar iniciativas que desconstruam os modelos conservadores das escolas comuns, para formar uma educação escolar inclusiva, pautada nos valores das diferenças.



Referências Bibliográficas:

Coletânea UFC – MEC/ 2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com surdez – Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.


DAMÁZIO, M. F., ALVES, Carla B. E FERREIRA, Josimário de P. Educação Escolar de Pessoas com surdez In AEE: Fascículo 04: Abordagem Bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Fortaleza: UFC; 2010. p. 07-09.


DAMÁZIO, Mirlene F.M.- Educação Escolar Inclusiva das Pessoas com Surdez na Escola Comum: Questões Polêmicas e Avanços Contemporâneos. In: II Seminário Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, 2005, Brasília. Anais...Brasília: MEC, SEESP, 2005. p. 108-121.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Descrição e Audiodescrição


A exposição " O olhar do coração" foi produzido por uma fotografa cearense e mostra obras que podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar, pois ao mesmo passo que apresenta obras artísticas também exibe  paisagens geográficas características do Nordeste e do Brasil.  As obras são apresentadas em audiodescrição, mostrando detalhes que por vezes passa despercebido aos nossos olhos. Segue-se a apresentação da exposição:

Flor no Arajara Park em Barbalha - Ceará
Rio Jiquiriçá em Laje - Bahia
 "A exposição Olhar do Coração da fotógrafa cratense Jaquelina Rolim expressa de uma forma simples e marcante a sua percepção do mundo.

As fotografias trazem imagens de lugares, pessoas e situações que nos remetem à sensações de tranqüilidade, quietude e vida. Carregam em si muita luz, cor e poesia. São imagens oferecidas diariamente e que muitas vezes passam desapercebidas para a maioria das pessoas.

O trabalho de Jaquelina traz sentimento. Com sensibilidade ela constrói suavidade, escrevendo luz, materializada em fotografias. A exposição tem proposta de inclusão. As fotos tem relevo e os textos em Braille para que as pessoas possam tocar e senti-las. Precursora da luta pela inclusão das pessoas com deficiência visual na região do Cariri, Jaquelina vem mostrar, em sua primeira exposição artística, a necessidade de se trabalhar com o foco voltado para as potencialidades dos indivíduos, independente de sua condição e não preestabelecer ou medir suas incapacidades ou impedimentos.

Massoterapeuta, Jaquelina Caldas Rolim de Oliveira, possui uma deficiência conhecida como baixa visão, quando há uma perda gradual da visão na área central da retina e o indivíduo passa a enxergar apenas com sua visão periférica. Começou a fotografar a partir da experiência que adquiriu quando concluiu o curso básico de fotografia digital, promovido pelo SENAC Crato em Junho de 2008".
Vista para Vitória - Espírito Santo



Aos que desejarem apreciar o trabalho exposto, acesse o link http://www.midiace.com.br/index.php?conteudo=exposicao&cod=1

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Jogos e/ou atividades para alunos com deficiência intelectual: Sequência Lógica


FIGURA 1: Sequência lógica de animais

1. MATERIAL
        
   Conjunto com 16 peças medindo 7,5 x 7,5 cm cada, em madeira prensada.

2. OBJETIVO DO MATERIAL

   Favorecer o processo de orientação temporoespacial, exercitar a discriminação visual, a atenção e ampliar o vocabulário.

4. SUGESTÕES DE ATIVIDADES

   A professora poderá, apresentando as gravuras em sequência, descrever o desenrolar dos acontecimentos. O aluno deverá observar as gravuras e fazer considerações a respeito.
  
FIGURA 2: Sequência lógica do tempo

      O professor do AEE planeja diferentes situações, nas quais o aluno possa agir inteligentemente de acordo com sua lógica e possa identificar causas e consequências das situações vividas. Esse tipo de atividade de imagens e objetos contribui para autonomia das habilidades e lógica dos alunos, permite liberdade de expressar seus pensamentos e criatividade, auxiliando na melhoria e ampliação do seu vocabulário.

FIGURA 3: Sequência lógica diversas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOMES, Adriana Leite Lima Verde. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão: o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tecnologia Assistiva: Informática acessível

Os recursos de Tecnologia Assistiva podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
O computador e a internet fazem parte das atividades cotidianas dentro e fora da escola. Todos podem acessar informações em sites e bibliotecas digitais, pesquisas individuais ou em grupos, desenvolver várias habilidades e usar variedades de ferramentas, exemplos: emails, fóruns, blogs e outros.Ou seja, promove uma integração através das redes sociais.


Recursos de acessibilidade ao computador: Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador. 

 
Os recursos de Tecnologia Assistiva para acesso ao computador classificam-se em três grupos:

1- Adaptações físicas ou órteses.

São todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o computador.










2- Adaptações de hardware.
São todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo, quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e adaptados.


3- Softwares especiais de acessibilidade. 
São os componentes lógicos das TIC quando construídos como Tecnologia Assistiva. Ou seja, são os programas especiais de computador que possibilitam ou facilitam a interação do aluno com deficiência com a máquina.









 A utilização destes recursos privilegiam algum órgão do sentido. Podendo ser aproveitadas pelos alunos para a construção de estratégias para superar suas barreiras, podendo promover uma melhor acessibilidade e sua relação com a promoção da cidadania.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Ministério da Educação - MEC. Livro Acessível e Informática Acessivel.

SCHIRMER, Carolina Rizzotto. TECNOLOGIA ASSISTIVA E INCLUSÃO.